O Brilho eterno de um Jamboree com lembranças

Hoje, por algum milagre, eu estava arrumando meu quarto.
Qual não foi minha surpresa (e emoção!) ao encontrar, em meio de montes e montes de papéis, uma reportagem que eu havia escrito para o "O Naufrágio" (jornal de meu grupo) sobre o Jamboree Panamericano de 2001, que aconteceu em Foz do Iguaçu!
Muito conveniente para o momento, não?

Talvez lendo esta reportagem, vocês tenham uma idéia de como será o maior acampamento escoteiro nacional que o Brasil já viu!

Ps1-Não, eu não estou na foto abaixo, eu é que estava tirando ela, e não achei nenhuma escaneada que eu aparecesse pra ilustrar a matéia.
Ps2- Eu era um mero sênior quando escrevi isto, então perdoem os erros de português, faltas de concordância, repetições e coisas assim. Achei melhor transcrever tudo da maneira que estava.
Ps3- Osires era o meu chefe sênior na época.
Ps4- Lendo essa matéria, acho que vocês sentem qual é a importância de levar sempre um caderninho e uma máquina fotográfica SEMPRE com vocês. Fazem quase 8 anos que eu escrevi isso, e depois de ler tudo isso, me lembro como se fosse hoje.
Ps5- Pra vocês terem uma idéia da idade da parada, o tal GPS que estavamos aprendendo a mexer era a última novidade no mundo. Ninguem sequer sabia o que era GPS até então.



Após horas e horas de viagem, finalmente tinhamos chegado à foz do iguaçu, mas ainda não ao jamboree, já que os staffs que “soltavam” os ônibus não estavam liberando os onibus para entrar no campo, porque achavam que iriamos acordar quem já estava lá.
Após mais de uma hora de espera, com o sol já quase nascendo, conseguimos a liberação para entrar no campo, após tomarmos café, fomos até o nosso subcampo (506, segundo o que tinham passado ao osires) chegando ao subcampo 506 (segundo o que tinham passado ao osires), constatamos que uma tropa de sem terras argentinas havia invadido nosso suposto subcampo (506, segundo o que tinham passado ao osires). Foi só após muitos rolos que finalmente descobrimos: o subcampo na verdade era 516, e não 506 (segundo o que tinham passado ao osires, lá em curitiba). Chegamos ao nosso subcampo, armamos as barracas e etc.
Já de noite, todos colocaram o uniforme para ir a abertura do jamboree, que estava legal e bem organizada, se não fosse pelo problema que alguém (que não era da organização do jamboree) tinha distribuido apitos, para todo mundo. O barulho era tanto que não dava nem mais para escutar o que era falado lá na frente, chegava a doer o ouvido.
Pra acalmar essa pequena galera (Apenas 8 mil pessoas) chamaram os bombeiros para jogar jatos de água e refrescar a todos.
A abertura cntava com grandes “figurões” paranaenses: o prefeito e o vice-prefeito de foz do iguaçu, Sames da Silva e Cláudio Rorato, o secretário da saúde do Paraná, Armando Raggio, o presidente da itaipu binacional, Euclides Scalco, e o alpinista Waldemar Niclevicz, que foi um dos mais aplaudidos na abertura.
No segundo dia fomos visitar as cataratas, onde estava um sol forte e a brisa que sai das cataratas ajudou bastante a refrescar. Tambem fomos a Itaipu fazer uma visita e assistir ao filme. E a noite teve a “feira cultural” onde cada tropa tinha que levar produtos de sua região, levamos fotos de curitiba, gengibirra e balas de gengibre, que alguns usavam para sacanear os amigos, já que a bala era muito forte, e tinha aparência de doce de leite.
No terceiro dia fomos até o paraguay, onde visitamos um museu, batemos fotos e andamos na reserva de Taty-yupi, para brincar um pouco com o GPS, a tarde: tempo livre, a maioria aproveitou este tempo livre para tirar as etapas da insignia da alegria, que era o distintivo que apenas quem cumprisse as etapas do livrinho que a gente recebeu ganhava.
No quarto dia fizemos as “pioneirias”. Os brinquedos que a gente fez lá (4.373 brinquedos e dois jogos para parque infantil foram montados durante o JP, segundo a gazeta do povo) foram todos doados a creches e escolas publicas da regiao. A tarde fmos ate o “parque aquatico” que ficava do lado do jamboree e logo depois saimos em direcao a um dos passeios mais concorridos do jamboee: a trilha do macuco.
No quinto dia fizemos uma atividade “nautica”, que nem todos da tropa fizeram. Era uma especie de “rally”, onde tinha que fazer as tarefas escritas nas boias e depois mais algumas atividades escoteiras, tambem na agua. Almocamos la mesmo, no que foi o unico almoco diferente que tivemos: sanduiche e suco.
No sexto e ultimo dia fomos à AMD (aldeia mundial do desenvolvimento) e cada um tinha o direito de fazer 4 bases, quem não quisesse abase que tinha recebido de seu chefe podia chegar em uma barraquinha onde tinha sempre um “leilão de bases” as pessoas pegavam as bases no grito, a base mais concorrida foi balonismo. Ja a noite ouve o encerramento, onde teve tudo que é tipo de agito e locurada: Paulo Salamuni gritando Viva o Jamboree, discurso de encerramento, foguetorio, agua, espuma (Daquelas que tem no carnaval)... e foi quando teve um dos momentos mais “marcantes” do jamboree em geral: os 3 minutos pela paz. Durante 3 minutos (a exemplo do rock in rio) todos ficaram em silencio e com o sinal de promessa levantado, com um video passando os progressos e “regressos” (leia-se guerras) que o homem fez. Antes, durante e após a canção da despedida foi aquela choradeira de ter de se separar das amizades feitas, saudades e etc. Tambem teve um grito com outros grupos do mar que apareceram por lá, ai entao fomos embora do maior e mais divulgado evento escoteiro que já aconteceu no Brasil: o Jamboree Panamericano 2001
Fatos do Jamboree:
A cada ida ao banheiro, alguém voltava com uma história: teve argentino batendo em todas as portas implorando por papel, senior da nossa tropa preso no banheiro porque a porta não queria abrir, chão do banheiro sendo quebrado pra recuperar uma escova de dentes..
Tanto de papel higienico usado: 650 km, quase a distancia de curitiba a foz do iguaçu (esse foi o resultado de todas as refeicoes serem arroz, feijao e macarrão)
O nescau era encanado no refeitório, por esse motivo algumas pessoas, geralmente as que pegavam os primeiros copos de nescau, acabavam sentindo um gosto meio “estranho”, que era do nescau que tinha ficado no dia anterior.